terça-feira, 30 de junho de 2009

ArTI*

Estive em algumas palestras este semestre e sabe o que eu pude constatar? Sim, a tecnologia está aliada à arte, à música e aos aspectos humanos criativos (isto parece óbvio, mas vale salientar, porque não são todos que concordam conosco que mexer com computação não é só decoreba).

Enfim, a professora Dra. do CIn conseguiu explanar que a arte/imaginação devem ser aspectos importantes na elaboração de qualquer trabalho em T.I. (Tecnologia da Informação). Já imaginou se só ficamos na teoria do projeto? Se não abrirmos a mente para entender as diversas formas de encarar um problema?

Em outro momento, um Dr. da iniciativa privada demonstrou suas teses a favor da implementação de algorítimos (ou seja, como fazer um código) na computação inteligente, mais precisamente na inteligência artificial, para que a máquina acompanhe um humano quando ela cantar qualquer música. Resumindo: você canta e a máquina toca no instrumento qualquer música, num tom e ritmo cantado :D
Além dele ser fascinado pela música, conseguiu incentivar a todos a colocarem a ciência a favor da sociedade.

Outro professor conseguiu fazer uma retrospectiva na história da arte para demonstrar que os seres humanos conseguiram, através de um alguns milhares de anos, a tornar (quase que) perfeito a pintura, sendo quase impossível, em alguns casos, constatar se é fotografia ou pintura. Mas até que ponto o computador, na sua arte gráfica computacional (3D, 4D...) consegue, na manipulação de pixel, persuadir o usuário de que é uma imagem real e não criada? Tem muito o que ser feito, mas o estudo comparativo de como se fazer arte manualmente e digitalmente, andando lado-a-lado, na tentativa de entendimento, fará com que cheguemos mais perto disto. =)

Ainda nas palestras, pude escutar algo sobre criptografia. Descobri um dos fatores mais interessantes que a computação trás: Analisar o entorno, e não o problema em si. Um dos casos solucionados com este adágio foi o do Enigma (máquina criada para criptografar as mensagens dos alemães na Segunda Guerra). Foi com tentativas frustadas para entender as mensagens que vários inimigos se depararam, até que Allan Turing conseguiu criar uma máquina que desembaralhava as mensagens. E sabe como ele conseguiu? Olhando o entorno, as falhas que haviam, não na criptografia de fato, mas durante e depois que elas ocorriam. Sabe quando temos um "tique" ao digitar? Pronto, os alemães, os que passam as mensagens de um ponto para outro, tinham "tiques" ao digitar o código morse. Então, as pessoas já sabiam quem era que estava criptografando e sabendo disto, poderia distinguir qual base estava se comunicando. Pra quê saber qual a base? Veja só, quando sabiam que era a base de climatologia, por exemplo, entendiam a formatação da mensagem que sempre envolvia: quantidade de nuvens, chuvas, temperaturas, umidade, pressão, etc... Ou seja, eram quase sempre parecidas as mensagens, o que mudava era as variáveis da climatologia: 22º, 26º, 22' latitude, 33' longitude... mas sempre havia estas informações.
Turing teve a sacada de olhar ao redor e não tentar quebrar a máquina Enigma. E conseguiram!
É esta a verdadeira função de todos, não olhar o acontecimento de frente e sim entendê-lo como um fato nebuloso ao redor dele acontecendo e que provavelmente achará o resultado.

Quer saber, é até assim que há grandes invasões na Web. Não é o servidor que estava desprotegido. Todo mundo pensa num bom Anti-Vírus. Mas o que deixou vulnerável foi o aplicativo, aquele que fornece uma pesquisa nebulosa, sem muita precisão. E várias exceções não tratadas.

Parece tão óbvio, mas a "Nebulosa do Entorno" me trouxe várias reflexões! Nunca tinha parado para pensar isso, pelo menos na TI.

Voltando um pouco para a Matrix...

Interessante fazer este gancho e acreditar que a Engenharia, apesar de envolver e não poder fugir, não é só cálculo e números - não que isto seja desmerecedor. Aliás, "Os números são o princípio"... o que você vai fazer é o meio! Mas foi bom saber que há várias áreas que se articulam através dos aspectos humanos artísticos.

Até breve!

* Arte na TI

Nenhum comentário:

Postar um comentário